A feira VivaTech recebeu mais de 180 mil visitantes – Foto: Adriana Cruz

(Da esq. p/ dir.) Os professores Carlos Américo Pacheco, da Fapesp; Carlos Gilberto Carlotti Junior, da USP; e Vahan Agopyan, da SCTI – Foto: Adriana Cruz
“A visibilidade internacional é muito importante para a pesquisa feita no Estado de São Paulo. Temos produzido muita ciência de qualidade que, infelizmente, não recebe o destaque e o reconhecimento devidos. Hoje, a ciência é globalizada e a internacionalização permite que nossos pesquisadores tenham referências novas e diferentes, o que é importante para o aumento da qualidade das nossas atividades. Esse processo faz com que nossos pesquisadores, alunos e inventores sejam mais competitivos e não tenham receio de competir internacionalmente”, disse Agopyan.
O diretor-presidente da Fapesp, Carlos Américo Pacheco, destacou a importância do apoio da Fundação e da USP ao oferecer a pesquisadores e startups paulistas a oportunidade de participar da VivaTech, ampliando conexões estratégicas, aumentando a visibilidade internacional de suas inovações e atraindo investidores.
Pacheco falou, também, sobre a relevância da pesquisa desenvolvida no Estado de São Paulo. “Se São Paulo fosse um país, seria aquele com a maior produção científica entre todos os países da América Latina. Além disso, temos mais de 10 mil empresas de inovação no Estado”, afirmou.
O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, ressaltou a importância de ter um estande próprio na VivaTech, com a demonstração de inovações em desenvolvimento e já produzidas pela Universidade, além de exemplos de pesquisa de ponta em várias áreas.
“A USP sempre fez inovação, mas, nos últimos anos, temos acentuado essas atividades. Queremos estar cada vez mais próximos da população, seja por meio de políticas públicas, seja na produção de soluções para as cidades e em diversos outros pontos. Para que isso ocorra, precisamos divulgar as nossas atividades, as nossas startups e os nossos spin-offs. A participação na VivaTech tem o objetivo de mostrar nossas inovações, estabelecer contatos e parcerias, além de nos aproximar dos grandes financiadores”, destacou.
Em seguida, professores da Universidade, que coordenam centros de pesquisa da USP, apresentaram a sessão Ciência e Inovação para um Futuro Sustentável, na qual foram abordadas questões relacionadas ao clima, com Paulo Artaxo, do Instituto de Física (IF); à inteligência artificial, com Fábio Cozman, da Escola Politécnica (Poli); à transição energética, com Julio Meneghini, da Poli; a combustíveis sustentáveis, com Carlos Labate, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq); a sistemas eletrônicos, com Marcelo Zuffo, da Poli; e à óptica e ciências da saúde, com Vanderlei Bagnato, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC).

Os professores da Universidade apresentaram a sessão Ciência e Inovação para um futuro sustentável, na qual foram abordadas questões relacionadas ao clima; à inteligência artificial; à transição energética; aos combustíveis sustentáveis; a sistemas eletrônicos; e à óptica e ciências da saúde – Foto: Adriana Cruz
Em entrevista ao Jornal da USP, Bagnato ressaltou a importância de “apresentar aquilo que o conhecimento tem nos permitido transformar em tecnologia disponível para sociedade e, para USP como um todo, é importante se expor a um elenco mundial de interessados no nosso desenvolvimento, no que geramos de conhecimento científico e de propostas de tecnologia. O que levamos para a VivaTech é nosso projeto de biofotônica, que é o uso de tecnologias envolvendo luz para o controle das infecções resistentes a antibiótico”.
Para o coordenador do Centro de Inovação da USP (InovaUSP), Marcelo Zuffo, a participação da USP nesse tipo de evento “é fundamental para visibilidade das pesquisas realizadas em São Paulo. A VivaTech é um evento que faz parte de um circuito mundial de eventos que ocorrem nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia e a maior vitrine de tecnologia de ponta vinculada à sociedade. Ter a USP mostrando seus projetos em transição energética, preservação ambiental, clima, tratamento de câncer, impressão 3D de tecidos, xenotransplantes, mostra que as pesquisas realizadas na Universidade com suas startups não deixam nada a desejar aos principais polos do mundo. Estamos com um estande muito cheio e eu espero que esse tipo de participação da USP em eventos com essa visibilidade internacional se mantenha”.
Texto: Adriana Cruz
Publicado no Jornal da USP, em 16/06/2025
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