Preservação da Amazônia e de seus povos originários tem enormes desafios a serem superados

Centro de Estudos da Amazônia Sustentável atua em diversas frentes relacionadas à região. O coordenador do centro, Paulo Artaxo, explica.

Post category: Comunicados / Institucional / Jornal da USP no Ar 1ª edição / Por Dentro da USP / Rádio USP

https://jornal.usp.br/?p=860962

  Publicado: 16/05/2025 às 8:00.
 
 

O Centro de Estudos da Amazônia Sustentável (Ceas) é um dos centros de estudos multidisciplinares que a Reitoria da USP coordena com o objetivo de pesquisar soluções para grandes questões do Brasil e do mundo. O responsável pela iniciativa é o professor Paulo Artaxo, que, nesta edição do boletim Por Dentro da USP, detalha a atuação do grupo.

“O Ceas foi criado porque nós temos que entender melhor qual é o papel da Amazônia no clima e como lidar com a biodiversidade amazônica implementando políticas de bioeconomia sustentáveis que beneficiem a população local. Também precisamos olhar para o gigantesco estoque de carbono que a Amazônia possui, o que faz dela um ambiente crítico para manutenção do equilíbrio climático em nosso planeta. Então, por uma série de razões, trata-se de uma região absolutamente estratégica para o nosso país e para o planeta e nós precisamos desenvolver políticas públicas que levem a uma sustentabilidade desta área, com desenvolvimento sustentável para a população local”, comenta.

Paulo Artaxo – Foto: Arquivo pessoal

Artaxo explica que o centro funciona como um hub de pesquisas que estão sendo feitas pela USP sobre a Amazônia em parceria com instituições locais. “A nossa agenda científica é ampla e envolve a formação de recursos humanos, regulação fundiária, questões jurídicas, governança, questões indígenas e dos povos originários, sociobioeconomia, biogeoquímica, ciclagem de carbono e dos nutrientes. Estudamos também o impacto do agronegócio e como minimizar o impacto ambiental sobre a região amazônica. Outro foco é a saúde humana e ecossistêmica de um modo integrado na região amazônica.”

O pesquisador finaliza expressando sua preocupação com o futuro da região: “As pesquisas que nós temos desenvolvido mostram que o futuro da região é muito mais vulnerável do que a gente imaginava há alguns anos a uma série de questões climáticas, ambientais e do impacto antropogênico. Além do desmatamento, temos também a degradação florestal, que está atuando de uma maneira muito forte na região amazônica, fazendo a floresta perder carbono para a atmosfera ao invés de absorver como estava ocorrendo até alguns anos atrás. E uma preocupação importante é como preservar a cultura e os povos originários da região, bem como estruturar um modelo de desenvolvimento que seja sustentável e que beneficie a população local”.

Clique aqui para ouvir.